Guess Who? / Quem é Quem? – Sofia Ermida

Last month, Sofia Ermida finished her PhD with the topic "Harmonization of Remote Sensing Land Surface Products: correction of clear sky bias and characterization of directional effects". She spent six months during the PhD in NASA Jet Propulsion Laboratory (JPL) in California. She is this month’s "Guess Who" interviewee. IDL - Sofia, congratulations on finishing your PhD. Can you summarize your achievements and tell us why are they important for the rest of us?Sofia Ermida (SE) - The past four years were very fulfilling. I think I really have grown as a scientist. I felt that my work was relevant, and I had good feedback from other scientists working in my field. I was able to stay at NASA JPL through a Fulbright scholarship. The Fulbright is a very prestigious program and so it was a great reward for my work and an incentive to keep doing research. Also, the methodology I’ve developed to correct directional effects on satellite-retrieved surface temperature is being operationally used within the framework of several international projects, which shows that the research I’ve conducted during my PhD is relevant for the remote sensing community.  IDL - Do you miss already any particular aspect of being a PhD student?SE - I would say that what I miss the most is being in a student community. To work around students that share your frustrations and achievements. And of course, the occasional beer at the end of the day where all complain about how hard doing a PhD is.IDL - You spent six months during your PhD doing research in NASA JPL in California. How was your daily routine as a scientist different in the USA, when compared to Portugal?SE - I don’t think that there are big differences in terms of research work. I felt that the research we do in Portugal and Europe is as relevant as the research they do there. Maybe, since the JPL is an institution with a large budget, it is easier to access some resources. On the other hand, USA institutions are very strict about security and so foreigners may find some barriers to their integration. On a daily basis I felt that JPL scientists are very rigorous about their work hours, although it might mean skipping lunch break sometimes.IDL - Did you enjoying living in California? What did you like the most? What did you like the least?SE - I did enjoy living there. The weather is nice, there is a lot happening. It might be difficult to do activities other than work if you don’t have a car. Public transports are not very abundant, especially during weekends or of work hours. Also, California is a very expensive place to live, which can really limit your off-work activities.IDL - Do you have any advice to give to students who are just starting their PhD?SE - Find someone to talk to if you’re feeling lost. Most PhD students feel lost or anxious or stressed at some point because they are racing the time to finish their work and publishing results. If you’re feeling stuck in your research, talk to someone in your field but out of your community that might give you some ideas. If you’re feeling stressed, talk to a friend, a family member, or even a psychologist. There is no point in burning out your brain, especially since you need it to finish your PhD.IDL - What are you working on now?SE - I’m now a researcher at IPMA working for the Satellite Applications Facility on Land Surface Analysis (LSA-SAF) and the European Space Agency Climate Change Initiative for Land Surface Temperature (ESA CCI LST) projects. In the framework of these projects I’m expanding the research I have been doing in my PhD, and at the same time exploring new developments for our current algorithms to retrieve land surface temperature from satellite data.IDL - If you weren’t a scientist, you would be…SE - Probably something related to art. I was always very artsy since I was a kid and it’s something I still enjoy a lot as a hobby. 


A Sofia Ermida acabou o seu doutoramento no mês passado. O tópico da sua tese foi “Harmonization of Remote Sensing Land Surface Products: correction of clear sky bias and characterization of directional effects". Durante o seu doutoramento, a Sofia esteve 6 meses no NASA Jet Propulsion Laboratory (JPL) na Califórnia. Ela é a convidada do mês de julho da rubrica “Quem é quem?”.

 IDL - Sofia, muitos parabéns pela apresentação final da tua tese de doutoramento. Podes sumarizar as tuas conquistas durante o doutoramento e sua relevância?Sofia Ermida (SE) - Os últimos 4 anos foram muito gratificantes. Penso que cresci bastante como cientista. Senti que o meu trabalho foi relevante e recebi bom feedback de cientistas que trabalham na minha área. Consegui trabalhar na NASA JPL através de uma bolsa Fulbright, que é um programa muito prestigiado. Isto foi uma grande recompensa pelo meu trabalho e um incentivo para continuar a fazer investigação. Além disso, a metodologia que desenvolvi para corrigir efeitos direcionais na temperatura de superfície obtida por satélite está a ser usada no contexto de vários projetos internacionais, o que demonstra que a investigação que desenvolvi durante o doutoramento é relevante para a comunidade de deteção remota.IDL - Já tens saudades de algum aspeto em particular da tua vida de estudante de doutoramento?SE - Diria que aquilo de que tenho mais saudades é de estar inserida numa comunidade de estudantes, que partilha as mesmas frustrações e conquistas. E, claro, da cerveja ocasional ao final do dia, em que todos se queixam de como é difícil fazer um doutoramento.IDL - Estiveste 6 meses durante o teu doutoramento no NASA JPL na Califórnia. Como é que a tua rotina diária de cientista nos EUA diferiu daquela que tens em Portugal?SE - Não penso que haja grandes diferenças em termos de trabalho de investigação entre os dois países. Senti que a investigação que se faz em Portugal e na Europa é tão relevante, como aquela que se faz nos EUA. Talvez, como o JPL é uma instituição com um grande orçamento, seja mais fácil aceder a alguns recursos. Por outro lado, as instituições nos EUA são muito rigorosas quanto a segurança e, por isso, os investigadores estrangeiros podem encontrar barreiras na sua integração. No dia-a-dia, senti que os cientistas da JPL são muito rigorosos quanto às suas horas de trabalho, apesar de isso significar que, por vezes, não chegam a almoçar.IDL - Gostaste de viver na Califórnia? De que é que gostaste mais? E menos?SE - Sim, gostei de viver na Califórnia. O tempo é bom e estão sempre muitas coisas a acontecer. Talvez seja difícil fazer atividades para além do trabalho, não tendo um carro. Os transportes públicos não são muito abundantes, especialmente fora das horas de trabalho e aos fins-de-semana e, além disso, a Califórnia é um sítio muito caro para se viver.IDL - Tens algum conselho a deixar a estudantes que estão agora a começar o seu doutoramento?SE - Se se sentirem perdidos, vão à procura de alguém para conversar. A maioria dos estudantes sente-se perdida, ansiosa ou stressada a dada altura do seu doutoramento, já que se encontram muitas vezes numa batalha contra o tempo para finalizar o seu trabalho e publicar resultados. Se a vossa investigação bloquear, falem com alguém da mesma área de trabalho, mas fora da vossa comunidade que vos possa dar novas ideias e sugestões. Se se sentirem stressados, falem com um amigo, um familiar ou mesmo um psicólogo. Não se justifica “queimarem o vosso cérebro”, especialmente porque precisam dele para acabar o vosso doutoramento.IDL -  Em que estás a trabalhar agora que acabaste o doutoramento?SE - Agora, sou investigadora no IPMA e trabalho nos projetos Satellite Applications Facility on Land Surface Analysis (LSA-SAF) e European Space Agency Climate Change Initiative for Land Surface Temperature (ESA CCI LST). Neste contexto, estou a expandir o trabalho de investigação que desenvolvi durante o doutoramento e, ao mesmo tempo, a explorar novos desenvolvimentos para os algoritmos que usamos para obter temperaturas da superfície terrestre a partir de dados de satélite.IDL - Se não fosses uma cientista, serias…SE - Provavelmente, alguma coisa relacionada com arte. Desde criança, que sou muito artística e atualmente a arte ainda é um hobby, do qual gosto muito. 

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