Guess Who? / Quem é Quem? – Chiara Civiero
Chiara Civiero is a postdoctoral researcher and member of the Continent, Islands and Mantle group. After finishing her PhD at the Imperial College London (ICL) in 2016, she moved to IDL. She is the second guest of the "Guess Who" section of IDL's News.IDL - Chiara, can you tell us what does your research consist of?Chiara Civiero (CC) - I am a geophysicist and my current research uses seismology to understand the interior of the Earth. I am particularly focused in using tomographic methods to image lithospheric-mantle structure beneath tectonically active regions of our planet.IDL - Can you summarize your achievements and tell us why are they important for the rest of us?CC - In the last years I managed to obtain the first high-resolution velocity model for the northern part of the East African Rift and give new insights on the geodynamics of the area. Here at IDL I would like to apply my skills to study the structure of Western Iberia and to better understand the natural seismicity of Portugal. From a more practical point of view, I hope that my little contribution could help in mitigating seismic risk in Portugal.IDL - How was the transition from being a PhD student into a postdoctoral researcher?CC - It’s a big jump, at least it was for me! During the PhD I was more “tracked” in every step of my work. As a postdoc I am expected to be more independent, able to apply what I learnt in the previous years, and productive. I don’t deny that it causes me a lot of stress and anxiety sometimes!IDL - What do you miss the most about being a PhD student? And what do you like the most about being now a postdoctoral researcher?CC - Well, a PhD is more or less supposed to teach a student how to do research. So, what I miss is a supervision that follows me step by step and tells me what I have to do from the beginning till the graduation. Being a postdoc now is much more challenging, but I like the fact that I am more flexible, have more time to gain new technical skills and total freedom to find collaborations and write new projects.IDL - Can you tell us one thing you enjoy and one thing you don’t enjoy about doing research in Portugal? And in England?CC - Here at IDL I don’t feel the pressure I had at Imperial and I enjoy the fact of doing research just for the sake of it! I don’t particularly like the difficulty in getting funding and sometimes the lack of communication between different research groups.UK is one of the top countries for efficiency, funding and infrastructures in academia and I have to admit that I miss that a lot, but the pressure and the competition among people and research groups is too high sometimes.IDL - Do you like living in Portugal? What do you like the most? What do you like the least?CC - I loved Portugal since the first time I came here on vacations! I like many things here, but mainly the spirit of people typical of Latin countries, the weather and the food of course. I don’t particularly like the bureaucracy and in general the wait time for more or less everything you want to do, but I’m not particularly surprised…in Italy it’s the same and maybe worse!IDL - What are the next steps in your work?CC - My first goal is to generate a robust 3D velocity model for Iberia. Then, I would like to focus more on the offshore region of Portugal and understand better the correlation between the seismogenesis and the structure.
Chiara Civiero é investigadora postdoc no grupo Continente, Ilhas e Manto. Depois de acabar o seu doutoramento no Imperial College London (ICL) em 2016, a Chiara começou o seu trabalho no IDL. A Chiara é a segunda entrevistada na rubrica "Quem é Quem?" das notícias do IDL.
IDL - Chiara, em que consiste o teu trabalho de investigação?CC - Eu sou Geofísica e, na minha investigação atual, uso a sismologia para compreender o interior da Terra. Em particular, foco-me no uso de métodos tomográficos para caracterizar a estrutura litosfera-manto sob as regiões tectónicas ativas do nosso Planeta.IDL - Podes sumarizar os resultados que obtiveste até agora e explicar porque é que estes são importantes para todos nós?CC - Nos últimos anos, consegui obter o primeiro modelo de velocidade de alta resolução para a região norte do Rift do Leste Africano, a partir do qual encontrámos novas pistas em relação à geodinâmica da região. Aqui, no IDL, gostaria de usar as minhas competências para o estudo da estrutura da Ibéria Oeste e para uma melhor compreensão da sismicidade de Portugal. De um ponto de vista mais prático, espero que a minha pequena contribuição possa ajudar na mitigação do risco sísmico em Portugal.IDL - Como foi a transição de estudante de doutoramento para investigadora postdoc?CC - É um grande salto, pelo menos foi assim para mim. Durante o doutoramento, eu era seguida a cada passo do meu trabalho. Como investigadora postdoc, é esperado que eu seja mais independente e produtiva e capaz de aplicar os conhecimentos que adquiri até aqui. Não vou negar que, por vezes, essa expectativa me causa algum stress e ansiedade.IDL - De que tens mais saudades dos teus tempos de estudante de doutoramento? E de que é que gostas mais no teu trabalho como investigadora postdoc?CC - Num doutoramento, é suposto o estudante ser ensinado a fazer investigação. Por isso, eu tenho saudades de uma orientação que me siga passo-a-passo e que me guie em todo as fases de um projeto. Ser investigadora postdoc é mais desafiante, mas eu gosto do facto de ter mais flexibilidade, mais tempo para adquirir novas competências técnicas e total liberdade para encontrar colaborações e escrever novos projetos.IDL - Podes revelar-nos um aspeto que gostes e outro que não gostes na investigação em Portugal? E no Reino Unido?CC - Aqui, no IDL, não sinto a pressão que sentia no ICL e gosto do facto de poder fazer investigação pela sua essência. Não gosto da dificuldade em obter financiamento e, por vezes, da falta de comunicação entre os diferentes grupos de investigação.O Reino Unido é um dos países de topo em termos de eficiência, financiamento e infraestruturas na academia e isso é algo que confesso que sinto falta. No entanto, por vezes, a competição e pressão entre as pessoas e os grupos de investigação é demasiado alta.IDL - Gostas de viver em Portugal? De que é que gostas mais? E menos?CC - Eu adorei Portugal, desde a primeira vez que visitei o país em férias. Gosto de muitas coisas, mas saliento o típico espírito de pessoas latinas, o tempo e a comida, claro. Não gosto da burocracia e, em geral, do tempo de espera para quase tudo; mas isso não me deixa particularmente surpreendida. Na Itália é igual ou talvez até pior.IDL - Quais são os próximos passos no teu trabalho?CC - O meu primeiro objetivo é gerar um modelo 3D de velocidades sísmicas robusto para a Península Ibérica. Depois, gostaria de me focar na região ao largo de Portugal e perceber melhor a correlação entre sismogénese e estrutura.