Há alguma previsão para a próxima ocorrência dum tsunami que afete Lisboa e Cascais?

Como os tsunamis de que estamos a falar têm a sua origem em grandes sismos, deverá consultar a informação existente sobre “previsão sísmica” na página do IDL. O que podemos acrescentar tem a ver com o conhecimento que temos hoje sobre as falhas ao largo de Portugal Continental que podem gerar grandes sismos e tsunamis. A atividade sísmica que afeta Portugal Continental resulta da convergência das placas Euro-asiática e Africana (Nubia). Este movimento de convergência não sofreu qualquer alteração e por isso se no passado ela deu origem a grandes sismos, é certo e seguro que eles ocorrerão também no futuro, não podemos é saber quando. No entanto, a velocidade das placas que afetam Portugal Continental é bastante inferior à que se verifica nas regiões do Globo mais ativas, Japão, Chile, por exemplo. Por isso a frequência dos grandes tsunamis é bastante menor. No entanto não devemos ficar descansados pelo facto do último grande tsunami ter ocorrido há apenas 253 anos. A fronteira de placas é complexa e os estudos geológicos e geofísicos mostram que no oceano a Sudoeste de Portugal existem várias falhas capazes de gerar sismos e tsunamis tão destruidores como o de 1755 (ver figura). Se uma dessas falhas gerou o sismo de 1755 e está ainda a acumular tensão, qualquer das outras pode gerar a qualquer momento um grande terramoto e tsunami. É impossível prever e por isso devemos estar preparados

 

Mapa com vários sistemas de falhas marcados a vermelho.

 

Euro-asiática e Africana (Nubia). Este movimento de convergência não sofreu qualquer alteração e por isso se no passado ela deu origem a grandes sismos, é certo e seguro que eles ocorrerão também no futuro, não podemos é saber quando. No entanto, a velocidade das placas que afetam Portugal Continental é bastante inferior à que se verifica nas regiões do Globo mais ativas, Japão, Chile, por exemplo. Por isso a frequência dos grandes tsunamis é bastante menor. No entanto não devemos ficar descansados pelo facto do último grande tsunami ter ocorrido há apenas 253 anos. A fronteira de placas é complexa e os estudos geológicos e geofísicos mostram que no oceano a Sudoeste de Portugal existem várias falhas capazes de gerar sismos e tsunamis tão destruidores como o de 1755 (ver figura). Se uma dessas falhas gerou o sismo de 1755 e está ainda a acumular tensão, qualquer das outras pode gerar a qualquer momento um grande terramoto e tsunami. É impossível prever e por isso devemos estar preparados.